A ciência brasileira acaba de ganhar um novo marco — e com um rosto jovem e feminino. A mineira Laysa Peixoto, de apenas 22 anos, será a primeira mulher brasileira a ir ao espaço, em uma missão privada prevista para 2029. Natural de Contagem (MG), ela foi selecionada como astronauta de carreira pela empresa Titans Space, e integrará o voo inaugural da companhia, que será comandado pelo veterano da NASA Bill McArthur.
“É uma honra levar a bandeira do Brasil comigo como a primeira mulher brasileira a cruzar essa fronteira”, declarou Laysa em seu perfil no Instagram, emocionando seguidores e inspirando milhares de jovens.
Do Observatório em Minas Gerais ao espaço sideral
A jornada de Laysa é uma verdadeira odisseia moderna. Começou ainda na adolescência, quando ingressou no curso de Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e passou a atuar no Observatório Astronômico da instituição.
Em 2020, conquistou a medalha de prata na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica e, no ano seguinte, descobriu um asteroide, nomeado inicialmente de LPS0003, uma referência às suas iniciais.
Mas seu talento chamaria ainda mais atenção fora da Terra: aos 19 anos, foi aceita na NASA, onde rapidamente se destacou como líder de projetos.
Da NASA para Saturno e a Lua
Na agência espacial norte-americana, Laysa passou a liderar equipes de desenvolvimento de tecnologias para a exploração espacial avançada. Entre os projetos em que atua estão:
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MADSS: uma sonda que será enviada a Saturno em 2029, com o objetivo de estudar a composição de suas luas e possíveis sinais de vida.
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AquaMoon: um sistema inovador voltado para a extração e transformação de água da subsuperfície lunar, um passo crucial para viabilizar missões humanas de longa duração na Lua.
“Esse era o sonho mais impossível que eu poderia ter. Sinto uma gratidão imensa por toda a trajetória até aqui”, escreveu, emocionada, nas redes sociais.
Um novo capítulo na exploração espacial
A missão de 2029 representa um novo momento para a exploração do espaço, especialmente com o crescimento das estações espaciais privadas e das missões comerciais tripuladas. Laysa seguirá, nos próximos anos, um intenso programa de preparação, que inclui:
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Voos suborbitais para aclimatação e testes fisiológicos;
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Missões privadas de curta duração;
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Treinamento como piloto, essencial para missões com maior autonomia da tripulação.
Além de ser um símbolo de avanço tecnológico, a jornada de Laysa é também um poderoso símbolo de inclusão e representatividade no setor aeroespacial, ainda majoritariamente masculino e concentrado nos países do hemisfério norte.
Uma inspiração que ultrapassa fronteiras
A conquista de Laysa Peixoto transcende a ciência. Ela representa uma nova geração de brasileiros que ousam sonhar alto, e que veem na educação, na ciência e na inovação os motores para transformar não apenas suas vidas, mas também o futuro do país.
Sua história já inspira meninas e jovens em todo o Brasil a acreditarem que o céu — literalmente — não é o limite.
