A consolidação do Rio2C como a maior plataforma de negócios voltada para a economia criativa na América Latina não é apenas uma conquista simbólica — é um indicativo claro da transformação estrutural que esse setor vem passando no Brasil e no mundo. A edição de 2025 do evento, realizada entre 27 de maio e 1º de junho, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, consagrou-se como um verdadeiro ponto de inflexão para empreendedores, executivos, investidores e criadores que enxergam na criatividade um vetor de inovação, propósito e desenvolvimento econômico.
Uma edição que ampliou fronteiras
Com o tema provocativo “The Edge of Perfection” (O limite da perfeição), a edição deste ano foi marcada pela pluralidade temática e pela integração entre diferentes setores da indústria criativa, como audiovisual, moda, design, música, esportes e games. Foram mais de 820 horas de conteúdo, organizadas em quatro eixos estratégicos — Summit, Conferência, Mercado e Festival — distribuídos em 21 palcos, com uma curadoria voltada para a antecipação de tendências e o estímulo ao pensamento crítico.
A presença de 2.000 palestrantes e a circulação de 53 mil pessoas ao longo dos seis dias de evento reforçam o papel do Rio2C como um catalisador de conexões. Além disso, 483 players nacionais e internacionais participaram de rodadas de negócios e sessões de pitching, destacando a robustez da programação voltada à geração de valor concreto.
Uma vitrine estratégica para negócios criativos
Segundo Rafael Lazarini, fundador e CEO do Rio2C, o evento vai além do networking superficial e busca consolidar-se como um ecossistema de impacto estruturado. “O Rio2C se tornou uma vitrine essencial da economia criativa e uma plataforma estratégica de negócios para essa indústria. Evoluímos para acompanhar as transformações tecnológicas, sociais e comportamentais que moldam o futuro do trabalho, da cultura e do consumo”, afirma.
Essa visão de longo prazo é refletida em cada aspecto do evento, desde a escolha dos temas debatidos até o perfil dos convidados e a arquitetura das conexões geradas. A curadoria, segundo Lazarini, exige escuta ativa do mercado e agilidade para incorporar novas demandas de públicos distintos. “Montar uma programação que seja, ao mesmo tempo, inclusiva, profunda e estratégica é um desafio que exige flexibilidade intelectual e conexão com os diversos segmentos da indústria.”
Moda e esportes: novos pilares em ascensão
Dois setores que ganharam destaque na edição de 2025 foram a moda e os esportes, ambos abordados sob perspectivas culturais, econômicas e tecnológicas. A moda foi inserida como vetor de inovação e sustentabilidade, com discussões sobre economia circular, novos materiais e o papel político e identitário do setor.
Já os esportes, com forte presença de profissionais do universo gamer e atletas, ampliaram o debate sobre diversidade, inclusão e monetização. A integração entre cultura digital, performance e narrativas esportivas reforçou o posicionamento do Rio2C como um evento que ultrapassa as fronteiras tradicionais da indústria criativa.
A presença de grandes nomes da música brasileira, como Lulu Santos, Criolo, Belo e Péricles, adicionou ainda mais camadas de complexidade ao debate, tratando da monetização da arte na era digital, dos novos modelos de negócio na música e da valorização da produção nacional como ativo estratégico.
Networking, negócios e impacto real
Diferente de muitos eventos voltados apenas à inspiração, o Rio2C estrutura sua dinâmica para gerar impactos econômicos concretos. As sessões de pitching e as rodadas de negócio funcionam como pontos de encontro entre startups, produtores, investidores e parceiros comerciais. Desde sua primeira edição, o evento já viabilizou negócios estimados em centenas de milhões de reais, muitos deles com desdobramentos internacionais.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, cada edição do Rio2C movimenta em média R$ 360 milhões, impulsionando não apenas o setor audiovisual, mas também cadeias correlatas como hotelaria, turismo, alimentação e transporte.
“O que diferencia o Rio2C é o seu potencial de transformação. Startups saem daqui com novos contratos. Criadores encontram mentores. Investidores acessam talentos e projetos com potencial global. É um espaço de aceleração”, destaca Lazarini.
O Rio de Janeiro como polo de inovação criativa
Mais do que sediar o evento, o Rio de Janeiro vem se consolidando como um ambiente fértil para a inovação criativa. A combinação entre políticas públicas de incentivo, surgimento de hubs de inovação, capital privado e instituições de ensino voltadas para as novas economias posiciona a cidade como uma candidata natural a se tornar um centro global da economia criativa.
“O ecossistema local vem amadurecendo. Estamos vendo mais redes de startups, mais eventos, mais investimentos. O Rio2C é um símbolo disso, mas também um catalisador. Nosso papel é continuar promovendo encontros que gerem transformação, aqui e fora do Brasil”, conclui o CEO.
Rio2C: o futuro da criatividade já começou
A edição de 2025 do Rio2C não apenas reafirma sua liderança na América Latina, como eleva o padrão dos eventos corporativos e criativos no Brasil. Ao reunir tecnologia, cultura, negócios e impacto social em uma mesma plataforma, o evento se estabelece como um modelo de inovação sistêmica.
Com um olhar atento ao futuro, o Rio2C segue pavimentando caminhos para uma nova economia baseada em propósito, criatividade e colaboração. E, para quem atua na intersecção entre conteúdo, estratégia e inovação, fica claro: o futuro dos negócios criativos passa, inevitavelmente, pelo Rio.